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  • Foto do escritorGabriela Guenther

Meninas que Escrevem


Em janeiro, encontrei esse concurso na internet, chamado Meninas que Escrevem: pela primeira vez um concurso de contos, temática livre, para meninas menores de idade, e dos 261 contos inscritos, 17 selecionados seriam publicados em um livro! Sim, o Meninas que Escrevem é um livro escrito por 17 meninas, espalhadas por 10 estados brasileiros, pelas 5 regiões do país, e eu, estudante do 10º ano da Escola Waldorf João Guimarães Rosa, de Ribeirão Preto sou uma delas!


Mas o projeto havia nascido antes disso. Bem nessa época no ano passado, ele começava a ser idealizado por um grupo de meninas da escola Etec Getúlio Vargas em São Paulo, participantes do clube Nós Marias, da rede Girl Up, movimento global iniciado pela ONU, que tem o objetivo de empoderar, inspirar e conectar meninas para serem líderes e ativistas pela igualdade de gênero desde já. Foram elas que organizaram, pensaram e planejaram desde o início esse sonho de toda menina escritora.


Abraçado pela editora Jandaíra, o projeto Meninas que Escrevem foi tomando forma em quase um ano de processo, tanto na editoração, edição e ilustração do livro mas também no rico intercâmbio de sotaques, etnias e culturas entre nós, escritoras.


Quanto aos contos, ainda que fictícios, trazem muito de cada autora, revelando as diferentes maneiras de enxergar, sentir e escrever sobre ser menina e mulher no Brasil. Em muitos momentos, trazemos um olhar crítico sobre a realidade de mulheres ou meninas marginalizadas, seja pela cor da pele, seja pela classe social, ou simplesmente pela condição de mulher, tecendo temas densos como a homofobia, o machismo e o racismo estrutural, abordados em narrativas simples apenas na superfície. Montou-se um mosaico de olhares sensíveis sobre múltiplas experiências femininas como família, feminismo, violência, abuso, sororidade, etc. Ao fim desse projeto, foi lançado no último dia 17 (sábado) o livro Meninas que Escrevem, o exemplo nítido da literatura jovem, feminina, brasileira e cheia de representatividade, tão necessária nos dias de hoje, que tem mais que tudo o objetivo de inspirar e empoderar outras garotas a escrever, a achar sua voz e se colocar no mundo. Não somos novas ou imaturas demais, já sentimos e conhecemos o mundo e essa sociedade que oprime e mata. Não nos deixam, mas temos muito o que falar. Devemos ser as protagonistas de nossa própria história.


Seja você também uma Menina que Escreve!

Tainá Amador Junqueira,

aluna do 10º ano da Escola Waldorf João Guimarães Rosa

Para comprar o livro, se emocionar e se encantar com cada conto, acesse:

https://polenlivros.lojavirtualnuvem.com.br/produtos/meninas-que-escrevem/

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